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Apae, Colibri e Francisco Lisboa ainda estão sem transporte

Joyce Noronha


Foto: Gabriel Haesbart (Diário)
Em maio do ano passado, atendidos da Francisco Lisboa fizeram protesto pedindo transporte. Fato é recorrente ano a ano

A Associação Colibri, a Escola Antônio Francisco Lisboa e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que atendem pessoas com deficiência, ainda aguardam a assinatura do convênio com a prefeitura para ter o transporte de seus atendidos. Além deste serviço, a Colibri e a Francisco Lisboa também esperam o repasse do Fundo Nacional da Assistência Social, que as entidades usam para pagar salários de funcionários.

Sobre a falta de transporte, a diretora da Francisco Lisboa, Sonia Gentile, comenta que a prefeitura tinha dado até o dia 15 de março para a assinatura do convênio. Ela explica que o plano de trabalho da escola foi aprovado e que foi chamada na quarta-feira para assinar o termo de aprovação na Secretaria de Desenvolvimento Social.

- Quando fui lá (na secretaria) perguntei sobre o transporte, o secretário não estava, mas a equipe disse que agora é preciso esperar a parte burocrática - conta a diretora da Francisco Lisboa.

De acordo com Sonia, a entidade faz o atendimento normalmente para os usuários que vão por conta até a escola, que são entre 30 a 50 pessoas, dependendo do dia. A entidade tem 128 atendidos.

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O presidente da Apae, Robson Aita, diz que sem o transporte também não consegue trabalhar e se preocupa com o acompanhamento dos atendidos. Dos 78 usuários da entidade, comparecem, semanalmente, seis ou sete, conforme Aita.

- É triste. Temos uma escola linda, pronta para recebê-los, mas eles não vêm porque não tem condições sem o transporte conveniado com a prefeitura - diz o presidente da Apae.

A Colibri está com as portas fechas pela falta de transporte e de repasse do Fundo Nacional (leia mais no próximo texto). A presidente da entidade, Adriana Cezar, ressalta que entende o que os pais passam com os filhos em casa, pois ela própria é mãe de um rapaz que é atendido pela Colibri. Dionatan, 27 anos, tem o diagnóstico de paralisia cerebral e hidrocefalia, mas, segundo Adriana, ele entende que seria época de ir à escola e fica muito agitado.

- O único momento que eles têm autonomia é na Colibri, é claro que eles ficam com o emocional afetado - declara a presidente da entidade.

SEM PRAZOS
O secretário adjunto de Desenvolvimento Social, Leonardo Kortz, explica que ainda não há prazo para a assinatura do convênio do transporte. Ele diz que a prefeitura investe R$ 800 mil por ano para o serviço das entidades que atendem pessoas com deficiência e que a prefeitura quer reduzir este valor. Para isto, solicitou um estudo para as entidades, que devem comprovar a necessidade do serviço aos atendidos. Por meio deste levantamento o Executivo municipal pretende reduzir o número de usuários do transporte e, por consequência, o investimento. 

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Além disso, ele explica que a pasta aguarda os estatutos atualizados das entidades, que foram solicitados no início do segundo semestre do ano passado.

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A presidente da Colibri, Adriana Cezar, explica que o principal motivo para a entidade estar fechada é o não repasse do Fundo Nacional para instituição. As atividades deveriam ter iniciado no primeiro dia útil de março. Ela explica que este recurso é utilizado para pagar os salários dos funcionários. Parte deste recurso também será repassado para a Escola Antônio Francisco Lisboa. A diretora, Sonia Gentile, diz que enquanto a entidade não recebe o repasse, trabalha com os materiais que tem. 

A Apae foi informada que a partir deste ano não receberá mais o repasse do Fundo Nacional, conforme o presidente, Robson Aita. Ele diz que a explicação da prefeitura é que o recurso foi reduzido e, por isso, o Executivo optou por dividir a verba apenas entre a Francisco Lisboa e a Colibri.

- Nos faz falta, com certeza, mas não questionamos a decisão - diz Aita.

À ESPERA DO DEPÓSITO
O secretário adjunto de Desenvolvimento Social, Leonardo Kortz, a prefeitura aguarda o depósito do Fundo Nacional para fazer o repasse às instituições beneficiadas. Ele diz que até quinta-feira, última vez que verificou a conta, ainda não teria entrado o depósito do recurso. 

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Kortz não informa qual o valor que será recebido, nem quanto cada entidade deve receber, mas confirmou que o governo federal reduziu o montante este ano.

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